O Núcleo Bandeirante, anteriormente conhecido como “Cidade Livre”, desempenhou um papel fundamental como a primeira ocupação dos trabalhadores envolvidos na construção de Brasília. Ao longo do tempo, essa área foi urbanizada e transformada em uma região administrativa do Distrito Federal, marcando um capítulo importante na história da região.
Compondo um conjunto histórico que inclui o Núcleo Bandeirante, a Candangolândia (Velhacap) e o Museu Vivo da Memória Candanga (ex-Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira ou Hospital do IAPI), essa área desempenhou funções distintas no contexto da construção da nova capital federal. Cada localidade tinha um papel específico: a Velhacap (posteriormente denominada Candangolândia) possuía função administrativa; o Núcleo Bandeirante, função comercial; e o HJKO, função hospitalar. Dessa forma, a discussão sobre onde nasceu Brasília perde força, uma vez que esses núcleos surgiram simultaneamente e possuem igual relevância histórica.
A história do Núcleo Bandeirante é marcada pela sua transformação de um loteamento comercial chamado Cidade Livre. Originalmente projetado para atender às necessidades da construção de Brasília, o Núcleo Bandeirante concentrou atividades comerciais e de prestação de serviços. A cidade ganhou força à medida que se tornava uma comunidade dinâmica, abrigando armazéns, lojas, restaurantes, escolas e locais de culto religioso.
No entanto, a sobrevivência do Núcleo Bandeirante como comunidade foi ameaçada quando se aproximava a inauguração de Brasília em 1960. Surgiu o Movimento Pró-Fixação e Urbanização do Núcleo Bandeirante (MPFUNB), que reivindicava a permanência da cidade em oposição aos planos originais da Novacap. Esse movimento, apoiado por Jânio Quadros em sua campanha presidencial, lutou pela fixação da cidade, e a vitória desse movimento levou à promulgação da Lei nº 4.020/61, que garantiu a permanência do Núcleo Bandeirante como região administrativa.
A partir desse ponto, a cidade passou por um processo de desenvolvimento e urbanização. Ao longo dos anos, a infraestrutura foi implantada, as edificações de madeira foram substituídas por construções de alvenaria e a região expandiu suas áreas e setores. Hoje, o Núcleo Bandeirante é composto por diversos setores, cada um com suas características e importância.
Além de sua rica história, o Núcleo Bandeirante também possui pontos turísticos notáveis, como a Casa do Pioneiro, a estação ferroviária Bernardo Sayão, a Paróquia Dom Bosco e o Museu Vivo da Memória Candanga. Esses locais não apenas contam a história da região, mas também celebram o esforço e a luta da comunidade para consolidar o Núcleo Bandeirante como um lugar de moradia e significado.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/
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