Park Way, uma região administrativa do Distrito Federal brasileiro, possui uma história rica e intrincada que se entrelaça com a própria trajetória de Brasília. Incluída no plano urbanístico da cidade em uma das últimas alterações entre 1957 e 1958, esse passo importante foi registrado em cartório em 1961 pelo então presidente Juscelino Kubitschek, considerando o dia 13 de março como a data magna de aniversário da capital.
Anteriormente conhecida como Mansões Sub-urbanas Park Way (MSPW), essa região tinha uma concepção única e foi projetada para ser implantada por etapas, reservando áreas exclusivamente residenciais. Curiosamente, antes de 2003, ela fazia parte do bairro Núcleo Bandeirante, criado com fins comerciais e recreativos para os candangos, os pioneiros que foram cruciais na construção da nova capital federal.
A formação do que agora é o Park Way começou logo após a conclusão de Brasília e evoluiu junto com o crescimento da cidade. Na década de 1990, Park Way se destacou como uma ótima opção para a classe média e para aqueles que buscavam moradias espaçosas com lotes generosos de 2500 metros quadrados. O apelo do contato com a natureza, a tranquilidade e o fácil acesso a toda a área do Distrito Federal contribuíram para sua crescente popularidade.
No entanto, o rápido crescimento do bairro trouxe desafios. A especulação imobiliária superou os investimentos governamentais em infraestrutura e serviços públicos, resultando em preocupações com a segurança e degradação ambiental. Park Way é dividido em quadras numeradas de 01 a 29, sendo a maior delas a quadra 26. Sua localização é privilegiada, próxima aos principais centros comerciais de Brasília e ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.
Com uma paisagem predominantemente composta por condomínios fechados horizontais, grandes mansões e casas espaçosas, Park Way não possui uma área comercial própria, mas se beneficia das áreas comerciais próximas, como as do Núcleo Bandeirante, Candangolândia e Lago Sul.
O fracionamento das mansões foi permitido por decretos (nº 14932/93 e 18910/97), convertendo lotes originais de 20.000 metros quadrados em até 8 frações de 2.500 metros quadrados cada. Além disso, o bairro abriga várias reservas naturais com vegetação típica do cerrado, incluindo as da UnB, Aeronáutica, Marinha e IBGE.
Park Way é também um reduto de atrações turísticas e culturais, com edificações e monumentos tombados que resgatam a história dos candangos e da construção da nova Capital Federal, incluindo o Catetinho e o Museu Vivo da Memória Candanga. Na área educacional, três escolas públicas atendem às crianças e jovens da região.
Uma das principais vias de acesso é a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Via EPIA), que é a continuação da BR-040. Além disso, uma linha ferroviária que conecta o Distrito Federal a Goiás, Minas Gerais e São Paulo atravessa Park Way.
Com uma população que ultrapassa 25.000 habitantes, a preocupação com o crescimento demográfico levou à criação da Lei 3255 de 29 de dezembro de 2003, instituindo uma unidade administrativa autônoma para Park Way. A região, com sua história única e desafios contemporâneos, continua a se destacar no cenário do Distrito Federal.
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