Sol Nascente/Pôr do Sol, a mais recente região administrativa do Distrito Federal, foi oficialmente criada em 14 de agosto de 2019, desmembrada de Ceilândia. Localizada a 34 km do centro de Brasília, a região abrange uma área de 40,49 km² e contabiliza uma população de 92.217 habitantes, conforme dados de 2021. Notavelmente, a Favela Sol Nascente é reconhecida como a segunda maior do Brasil pelo IBGE. A história da região é marcada por uma ocupação inicialmente irregular nos anos 1990, impulsionada pela grilagem de terras em áreas rurais de Ceilândia.
Geograficamente, Sol Nascente/Pôr do Sol faz divisa com Ceilândia e Samambaia, incluindo a ARIS Sol Nascente e a Área de Relevante Interesse Ecológico Juscelino Kubitschek (ARIE JK). O relevo é típico do Cerrado, com planaltos e áreas onduladas. O Rio Melchior, importante curso d’água local, enfrenta desafios de poluição e assoreamento. O clima é tropical de altitude, com estações bem definidas: verões chuvosos e invernos secos, com uma precipitação anual de 1.443 mm. Demograficamente, a população apresenta uma distribuição equilibrada entre homens e mulheres, com uma maioria na faixa etária economicamente ativa (15 a 64 anos). A composição étnica é predominantemente parda, seguida por brancos e negros, com uma significativa parcela de migrantes, principalmente do Piauí, Maranhão e Bahia.
A administração da região está subordinada à Secretaria de Estado das Cidades, com sede na VC 311. Em termos de infraestrutura, avanços têm sido feitos no saneamento, com a conclusão de obras de drenagem e pavimentação em alguns trechos. No entanto, a poluição do Rio Melchior ainda é uma questão pendente. A saúde é atendida pela UBS 16 e pelo Hospital Cidade do Sol em Ceilândia. A educação conta com escolas públicas e um futuro campus do IFB. O transporte público foi reforçado com a inauguração do Terminal Rodoviário do Trecho 2 e a implementação de linhas de ônibus conectando a região ao metrô. Na habitação, a maioria dos domicílios é própria, com acesso majoritário às redes de água e esgoto da CAESB, embora ainda existam ligações irregulares de energia. A segurança pública depende do policiamento por rondas, com postos comunitários desativados.
A economia de Sol Nascente/Pôr do Sol é impulsionada pelo comércio, com centros atacadistas e uma população economicamente ativa considerável. O Restaurante Comunitário oferece refeições a baixo custo, sendo um importante serviço social. Culturalmente rica, a região herdou a diversidade de Ceilândia, com destaque para a capoeira, o grafite e a música, além de coletivos que promovem a arte e a inclusão. O Decksol Skate Parque é um ponto de encontro cultural. Ambientalmente inserida no Cerrado, a região busca preservar sua vegetação nativa na ARIE JK, apesar dos desafios da urbanização. A região é subdividida em Trecho 1, Trecho 2, Trecho 3 e Pôr do Sol, com etapas de regularização fundiária em andamento.
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