Goiás (também conhecida como Goiás Velho) é um município brasileiro e antiga capital do estado de Goiás. Em 2001, foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial devido à sua arquitetura barroca peculiar, tradições culturais seculares e a natureza exuberante ao seu redor. Em 2021, sua população estimada era de 22.122 habitantes. A cidade faz parte da Região Imediata de Goiás-Itapuranga, que integra a Região Intermediária de Goiânia.
A história de Goiás remonta ao século XVII, com a chegada de bandeirantes como Bartolomeu Bueno da Silva, que fundou o Arraial de Sant’Anna em 1727. O local foi elevado a vila administrativa em 1736 como Vila Boa de Goyaz e, em 1748, tornou-se capital da Capitania de Goiás. Governadores como Dom Marcos de Noronha e Luís da Cunha Meneses contribuíram para o planejamento urbano e a construção de edifícios como o Palácio Conde dos Arcos. Com o esgotamento do ouro no final do século XVIII, a economia se reorientou para a agropecuária, mas a cidade manteve sua relevância cultural, com manifestações como a Procissão do Fogaréu. A transferência da capital estadual para Goiânia nas décadas de 1930 e 1940 foi crucial para a preservação da arquitetura colonial de Goiás.
Geograficamente, Goiás está localizada em um terreno acidentado com a Serra Dourada e diversos morros. É cortada pelo Rio Vermelho e faz parte da bacia do Tocantins-Araguaia. A vegetação típica é o Cerrado, e o município possui áreas preservadas como o Parque da Carioca e a Reserva Biológica da UFG. O clima é tropical, com um período chuvoso (outubro a abril) e um seco (maio a setembro).
A economia de Goiás registrou um PIB municipal de R$ 214.036.310 mil em 2008 e um PIB per capita de R$ 8.610,01. O IDH em 2000 era considerado alto. Atualmente, o turismo é um pilar econômico importante, impulsionado pelo reconhecimento como Patrimônio Mundial e pela preservação de sua arquitetura colonial.
A cultura de Goiás é rica em tradições, com destaque para o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), a Procissão do Fogaréu, o Carnaval com suas Escolas de Samba, e manifestações culturais afro-brasileiras e indígenas. A cidade abriga diversos museus como o Museu das Bandeiras, o Palácio Conde dos Arcos, o Museu de Arte Sacra da Igreja da Boa Morte, a Casa de Cora Coralina e o Museu da Polícia Militar. Entre os monumentos históricos, destacam-se a Igreja Nossa Senhora do Rosário, a Catedral de Santana, a Igreja de São Francisco de Paula e a Cruz do Anhanguera. A religião católica predomina na população, embora haja uma presença crescente de evangélicos e espíritas. A cidade oferece uma viagem no tempo ao Brasil colonial, sendo um destino turístico que preserva sua rica arte sacra e arquitetura do século XVIII.
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